Este doce foi a 1ª vez que o fiz. Adoro chila, mas nunca me tinha dado ao trabalho de fazer, porque sempre ouvi dizer que era trabalhoso...
Ao passar por uma frutaria vi uma abóbora chila e ela piscou-me o olho. Fui para casa sempre com o raio da chila na cabeça.
Até que fui à internet procurar a confecção do doce e vi um ou outro blog, mas ia dar tudo ao mesmo. Ia dar tudo à questão de não se poder utilizar nada metálico, tipo faca, anéis, colher, na chila, pois caso se usasse a abóbora ficava com odor a peixe.
Humm... comprei a chila e comecei o doce seguindo todos os passos que tinha encontrado na net. Até fiz uma sequência de fotos a explicar tudinho para quem quiser fazer.
Devo dizer que ficou uma delícia, provei ainda morninha e estava divinal.
Agora pergunto, é um mito a questão do odor a peixe em contacto com metal?
Parece que é. Isto porque duas pessoas conhecidas já fizeram o doce muitas vezes, e em conversa me disseram que basta simplesmente tirar as pevides e aquela parte (tripa) junto às pevides amarela escura, que é isso que provoca o mau sabor. E que de resto se pode utilizar faca, não necessita de estar de molho, nada disso.
Como eu já tinha feito a minha, não posso tirar a prova dos nove, só numa próxima, e sem dúvida que assim é menos trabalhoso.
Ingredientes:
1 Abóbora chila (gila) - tinha 3,200 Kg.
Açúcar (Mesmo peso da abóbora escorrida)
Água
3 paus de canela
1 casca de limão
8 cravinhos
Sal
Sal
Preparação:
Coloquei a abóbora dentro de uma saco plástico e atirei ao chão para rachar.
Retirar as sementes e tripas (fios grossos amarelos escuros que sustentam as sementes e que ao cozer se tornam amargos e duros).
Colocar os pedaços de gila dentro de uma bacia com água e lavar até que deixe de fazer espuma.
Depois de lavada colocar a abóbora com a casca virada para baixo, e deixar de molho de um dia para o outro.
Após esse tempo, cozer a gila em água temperada com sal.
A gila está cozida quando o miolo começa a despegar da casca.
Retirar, deixar amornar e separar com a ajuda de uma colher a gila da casca. Desfiar os fios com a mão.
Deixar escorrer a gila.
Depois de escorrida pesar a gila (pesava cerca de 1,114 gr.)
Num tacho colocar o açúcar (coloquei 1 kg.), os paus de canela, os cravinhos e a casca de limão e meio litro de água (por cada kilo de açúcar usar 1/2 litro de água, mas não é regra).
Levar ao lume e deixar ferver 10 minutos. Retirar os cravinhos e juntar a gila. Deixar ferver, mexendo de vez em quando. Quando começar a secar a água e adquirir o ponto de estrada (passar a colher de pau no fundo do tacho e ficar tipo uma estrada), está pronto. Retirar os paus de canela e a casca de limão.
Encher os frascos (previamente esterilizados) com o doce quente e feche de imediato.
Esterilizar os frascos:
Coloquei os frascos sem tampa num tabuleiro com a boca para cima e liguei o forno a 200ºC, deixando cerca de 20 minutos.
As tampas fervi-as em água cerca de 5 minutos. Retirei e coloquei sobre papel absorvente viradas para baixo.
Verter o doce (com 1 colher tipo molheira passada por água fervente) para cada frasco ainda quentes. Fechar e virar ao contrário durante 24 horas.
Guardar em local seco e fresco ao abrigo da luz.
5 comentários:
Cidália Ferreira disse...
Bom dia!
Um dos meus doce favoritos!!
Beijo e um excelente dia
Joana disse...
A minha avó costuma sempre fazer e dá-me já feito!
Também adoro!
Combina tão bem com amêndoa :)
O teu parece óptimo.
Beijinho
Ana G. Neves disse...
Ainda só fiz este doce uma vez, mas adorei! E não dá assim tanto trabalho como se pensa.
Beijinho
Blogue Recanto com Tempero
Elena disse...
Que buenísimo ,,aquí es cabello ángel y así casero debe estar tremendo,un beso-
Elena disse...
hola amiga,,,que bueno ese pollito con esa costra encima,,un beso.